22 fevereiro 2009

Uma voltinha pelo Alentejo


Olá companheiros…
Gostaria de compartilhar com vocês mais um passeio que fomos dar com a nossa Foca por terras de Portugal.
Foram nada mais, nada menos, do que 1657 km percorridos em estradas nacionais e secundárias, 160 litros de Gasóleo, 146 Euros pagos pelo combustível e tudo em 21 dias bem gozados.
Começamos por ir até Fátima onde passamos 3 noites, seguimos para Torres Novas, passámos pelo Entroncamento e fomos almoçar a Almourol com o castelo como vista de fundo, daí fomos por Constância, Rio de Moinhos e fomos pernoitar a Abrantes.
Como tínhamos em mente de ir fazer uma visita a Mora, no dia seguinte metemos pernas ao caminho… ou melhor rodas ao caminho e passámos por Barreiras do Tejo, Vale de Cortiça, Ponte de Sor, Galveias e fomos almoçar em Aviz, seguindo pela N 370, vimos Pavia, Cabeção e fomos visitar o “Fluviário de Mora”, que com menos de dois anos de existência já foi visitado por mais de 330.000 pessoas, é maravilhoso, estão de parabéns todos aquelas pessoas que se empenharão em mostrar ao publico em geral como é bastante variados os nossos rios, no que diz respeito à sua fauna. Além disso no interior do edifício há uma parte temática elaborada na base das novas tecnologias que nos dá mais conhecimentos e mostrar-nos as boas e más (menos boas) acções que estragam o nosso tão querido e frágil ambiente!
Existe também uma sala de laboratório, dirigido aos mais pequenos, onde podem fazer as mais variadas experiências relacionadas com o fluviário. Há também uma secção dedicada ao Amazonas, onde se pode ver, ao vivo, uma anaconda, várias piranhas, etc., etc., etc. … para aqueles mais inclinados às novas tecnologias aqui ficam as coordenadas…
N38º 57’ 20’’ e W08º 06’ 23’’.
Como o tempo estava de chuva e o parque de campismo, mesmo ao lado do fluviário, era só lama, fomos para Mora onde pernoitámos.
No dia seguinte o tempo estava a convidar-nos para um passeio pela ruas da cidade e depois seguimos para Brotas, aldeia histórica, Ciborro, Fazenda do Cortiço e fomos almoçar à Barragem Pego do Altar, onde encontrámos montes de autacaravanistas, na sua maioria estrangeiros.
Depois do almoço e duma pequena sesta, rumámos par Santa Catarina, Alcáçovas, uma rápida visita à Barragem de Odivelas, Ferreira do Alentejo e pernoita em Ervidel.
De manhã partimos par Aljustrel, Carregueiro, Castro Verde e Mértola.
Aqui tínhamos que parar, pois havia imenso que ver e mal sabíamos nós o que nos esperava… pois devido a obras de saneamento e pavimentação… (tal como em Braga), assim que se abre um buraco no chão aparecem logo vestígios arqueológicos.
Assim que arrumámos a auto, fomos à descoberta de Mértola, fomos em direcção ao Castelo e logo deparámos com escavações arqueológicas ao longo da rua principal, algumas em fase terminal e outras no seu inicio, tudo respeitante ao século IV que temos documentado em fotografias, foram duas horas de observação e absorção de saber e cultura com explicações recebidas das arqueólogas intervenientes nas escavações… isto foi um privilégio!
Como já tínhamos a barriga a dar horas, comprámos no mercado local uns belos “jaquinzinhos” que fomos comer à auto, com um rico “arroz de feijão a correr pelo prato”… tipicamente minhoto bem como o respectivo tintol !
Da parte da tarde lá fomos nós continuar com a nossa visita a Mértola, que só terminou no dia seguinte depois de uma noite bem dormida.
Saímos depois do almoço e fomos ficar a Mina de São Domingos na companhia de umas vinte autocaravanas, todas estrangeiras, junto à praia fluvial, muitíssimo bem cuidada pelo município, agradável, limpa e com uma lindíssima paisagem.
Com o céu meio nublado e cinzento fomos a Montalvo, Vales de Mortos, Perna de Gião, Serpa, escusado será dizer que tivemos paragem obrigatória em Beja pois há demasiado que ver e admirar.
Depois Beringel, Ferreira, Figueira de Cavaleiros, Canal Caveira e Grândola, local de dormida junto ao “Zeca Afonso” – Pavilhão Desportivo e estátua em sua homenagem.
No dia seguinte fomos surpreendidos com a realização do “Grande Prémio de Marcha Atlética de Grândola”, que acompanhamos com agrado.
Aí se dava a volta e agora rumo ao Norte, dirigimo-nos para Santa Margarida da Serra, Roncão, Mulinheta e fomos pernoitar em Santiago do Cacém. No dia seguinte demos uma voltinha por lá e continuámos a nossa viagem, pois tínhamos amigos de infância para visitar em Santo André e foi lá que ficamos.
Seguiu-se Melides, Caveira, Pinho da Cruz, Carvalhal, Comporta e Tróia.
Tínhamos que ver Tróia e o novo… novíssimo Tróia Resort está sem duvida alguma lindo, uma obra de enormes proporções e ainda não está acabado vê-se ainda muitos trabalhadores de todo o tipo e ainda muitas vivendas na fase inicial.
Fomos então com destino ao ferry que por 11,50€ nos poupou 90 km por estrada e ao fim de 30 minutos estávamos já em Setúbal.
Daí seguimos para Volta da Pedra, Vale de Touros e fomos visitar um casal amigo de infância à Cidade Sol, para quem não conhece, fica nos arredores do Barreiro.
Demos então a volta pelo Montijo, Vila Franca de Xira, Casal da Coxa, Rondulha, Bisau, Bogalhão, e pernoitámos em Arruda dos Vinhos.
O nosso rumo era ir ver o Buddha Éden, mas até lá passamos por Corredouras, Cadafais, Alenquer, Cotovelo, Olhalvo, Casais de Portela, Rechaldeira, Pêro Moniz, Famões, e Bombarral.
Mesmo ao lado está a Quinta dos Loridos e lá é o “Buddha Éden”.
Esta quinta é a residência oficial em Portugal do Sr. José Berardo e pegado à quinta, fazendo parte integral da mesma estão os Jardins da Paz, o Buddha Éden, andámos por lá durante 3 horas, os jardins tê em 35 hectares, com cerca de 6000 toneladas de estatuas de mármore, granito e terracota, as estatuas foram cuidadosamente entre a vegetação, há caminhos para ver todas as estatuas, há um lindo lago, uma escadaria central ladeada por budhas dourados que acaba num budha deitado. Há também 700 soldados em terracota que estão alinhados exactamente com foram inicialmente postos à 2200 anos na China. Estes soldados são pintados à mão e cada um deles é único.
È deslumbrante… vale bem apenas a caminhada pois que a cada esquina há novas imossões e novas figuras para ver até os jardins estão cuidadosamente tratados, aliás toda a área está impecavelmente tratada.
Depois de almoçarmos e descansarmos seguimos a nossa viagem com destino à área de serviço da Batalha para fazermos as devidas limpezas, atestarmos de água e por as fotos tem dia.
Aí conhecemos um casal de idosos auto caravanistas italianos que ajudámos com algumas ideias sobre o nosso lindo país e inclusivamente oferecemos um mapa do ACP que eles ficaram bastante agradecidos e demos lhes uma indicação das ares de serviço de autocaravanas por onde eles iam passar.
Assim, depois de um bom descanso, fizemos rumo a casa, Braga, para podermos tratar de 1551 fotografias deste passeio e que podem ser vistas em: Aqui...
Um passeio que recomento a todos os companheiros.