Foi em Braga que no dia 24 de Abril, junto à Arcada que se encontrava o carro do PCP a não deixar esquecer esta data.
Via bastante gente a passear naquela área e os militantes do PCP, entregavam cravos vermelhos e um panfleto, que a seguir transcrevo.
Por Abril lutar e vencer 1974>2010
Este ano comemora-se o 36º aniversário da Revolução de Abril. A revolução não foi só o dia 25.
Foi a transformação, foi o direito a ter direitos. Foi a revolução que restituiu a liberdade ao povo português e reconheceu a independência e liberdade de outros povos. Constituiu o derrube da ditadura fascista, operou enormes transformações económicas, pondo termo ao terrorismo dos monopólios e dos latifúndios. No plano social, conquistaram-se direitos fundamentais: saúde, segurança social, educação, férias, subsídio de férias, greve, contratação colectiva, de manifestação, de opinião, de expressão.
Muitas das conquistas conseguidas com a Revolução dos Cravos, sofrem hoje profundos retrocessos. Para além da alteração das leis laborais, do desmantelamento do aparelho produtivo, da liquidação da reforma agrária, da destruição da saúde, da educação e de serviços públicos essenciais, mas hoje a própria Constituição da República, aprovada em 1976, que consagrou Abril de direitos, liberdade e progresso está ameaçada.
Num tempo em que se procura branquear o odioso regime fascista, em que alguns procuram reescrever a história e usurpar a memória, reafirmarmos a importância e actualidade do 25 de Abril.
Num tempo de agravamento dos problemas dos trabalhadores, do povo e do país, de uma ofensiva tremenda, em que o capitalismo quer aproveitar a sua própria crise para aumentar a exploração e recuperar as parcelas do domínio perdido, conquistadas pela luta dos trabalhadores e dos povos, num quadro de uma intensa luta ideológica em que as forças da ideologia dominante pressionam para a aceitação das inevitabilidades, do conformismo, da resignação, da inutilidade da luta, reafirmamos que vale a pena lutar!
O programa de Estabilidade e Crescimento para os próximos anos é o aprofundamento de um rumo contrário à Revolução de Abril. Confirmam-se as intenções de sempre:
> Manutenção de benefícios fiscais, dinheiros públicos e privatizações para o grande capital;
>Cortes nos salários da administração pública com o congelamento do seu valor e a consequente repercussão nos salários dos trabalhadores do sector privado;
>Cortes nas despesas sociais, nomeadamente no subsidio de desemprego que, neste momento, não abrange a totalidade dos mais 700 mil desempregados do nosso país;
>Diminuição das deduções à colecta de IRS, impedindo o reembolso de centenas de euros ano nas despesas de saúde, educação e habitação de milhares de trabalhadores;
>Aumento dos preços, designadamente com a introdução de novas portagens em auto-estadas;
>Cortes no investimento público, em particular o de pequena e média dimensão;
>Privatizações de serviços essenciais da população, tais como: os CTT, TAP,REN,EDP,ANA,EMEF,GALP,Estaleiros de Viana do Castelo, CP Carga e linhas suburbanas da CP. Esta ultima prevê a inclusão da linha suburbana de Braga-Porto, cuja privatização significará a degradação do serviço prestado e aumento de preços.
O PEC não é nenhuma lei, não foi provado na Assembleia da República. O que foi aprovado foi apenas uma resolução de apoio.
E como as fotografias demonstram a afluência de publico foi grande e em poucas horas se esgotou os cravos vermelhos(representando a Revolução de 25 de Abril de 1974) e os respectivos panfletos.
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